O AUTISMO
O Autismo é um "distúrbio..........uma pertubação do desenvolvimento Humano" que está um ser estudado cientificamente há quase seis décadas. No entanto observam-se grandes divergências, entre os Investigadores e técnicos nesta área. Imensas questões continuam por responder .....
Há alguns anos, quando surgiu a primeira Associação para o Autismo no País, e porque o Autismo era conhecido apenas por um grupo muito restrito de pessoas, entre elas alguns médicos, alguns profissionais da área de saúde e alguns pais que foram surpreendidos com o diagnóstico de Autismo nos seus filhos.
Actualmente, embora o Autismo, seja mais conhecido, Tendo sido inclusíve tema de vários filmes de sucesso, ainda nos surpreende pela diversidade de características que pode apresentar e pelo facto de na maioria das vezes, uma criança que tem Autismo ter uma aparência normal, são crianças normalmente muito bonitas.
Ultimamente não só aumentou, o número de diagnósticos, como também são detectados cada vez mais crianças e em idades mais precoces. Alguns Investigadores começam a admitir, que por trás da beleza da criança com Autismo, pode estar relacionado com o facto do Autismo deste ser um problema com muitos de "rostos".
As questões fundamentais cada vez, mais presentes e colocadas com maior facilidade
por um número maior de pessoas, deve-se provavélmente ao facto do Autismo ser Mundialmente um Fenômeno, aparentemente raro mas muito mais comum do que se imaginava ....
O Autismo intriga-nos e traz angústias profundas às famílias. Quando muitas vezes se incute responsabilidades à família pelo nascimento de uma criança com NEE.
Estas crianças geralmente, tem uma aparência harmoniosa e ao mesmo tempo traços irregulares de desenvolvimento, com bom desempenho por vezes nalgumas áreas, em detrimento de outras se encontram muito comprometidas.
Para tentar "ilustrar" como é difícil entender o que acontece, no seio de uma família com este problema e a terrível sensação inícial de um pai, ao perceber que algo não vai bem com o seu filho, e não entendendo os motivos de tanto "infortúnio ".... coloquei algumas descrições de crianças e depoimentos como o excerto que coloquei a seguir, do artigo de Leo Kanner em que ele T Donald descrevê:
"Donald T": Este menino foi avaliado pela primeira vez em Outubro de 1938, com uma idade de cinco anos e um mês ... "Comer", dizia o relatório (dos pais), foi sempre um problema para ele.
"O nosso filho nunca demonstrou um apetite normal. Ver outras crianças a comer doces ou gelados, nunca o motivou ... "
"Com um ano de idade, cantava ou murmurava de boca fechada algumas melodias com perfeição. Antes dos dois anos de idade, tinha uma memória invulgar para rostos e nomes, sabia o nome de um grande número de casas de sua cidade Natal. "
A família encorajava-o aprender e recitar poemas pequenos e até decorou o salmo XXIII, e vinte e cinco perguntas e respostas do Catecismo Presbiteriano.
Os pais observaram que ele não aprendia a perguntar ou a responder a perguntas a menos que fossem rimas ou tivessem sequencialidade ritímica. Nunca ou quase nunca, nos perguntava nada a não ser, com palavras isoladas ".
Num outro excerto do artigo em que descrevê Asperger Fritz V.: - "Ele na época aprendeu as rotinas diárias muito tarde, com grande dificuldade ... em compensação, aprendeu a falar muito cedo e disse a sua primeira palavra com dez meses, bem antes de saber andar. Rápidamente aprendeu a expressar-se com frases, parecia um adulto..."
"Desde muito cedo Fritz nunca fez o que lhe era pedido. Fazia o que queria, ou o oposto ao que lhe era pedido. Foi sempre muito agitado e irrequieto, e agarrava tudo o que estava ao seu alcance."
"As Proibições nunca o detinham, tinha grandes impulsos destrutivos e qualquer coisa que caía nas suas mãos era de imediato rasgada ou quebrada. "
Ou o seguinte relato da mãe de um menino que tem Autismo: - "Até aos dois anos e meio, nunca pronunciou uma única palavra. Era uma criança habilidosa e embora tivesse começado a andar apenas com dois anos, conseguia equilibrar-se, de uma forma impressionante, fazia piruetas incríveis nos brinquedos do recreio / parque."
"De repente, sem nada que explicasse a sua atitude, cantou parabéns a você, bateu palmas e pronunciou as palavras todas, e só o fez uma vez espontâneamente.
Aos três anos de idade aprendeu a controlar a respiração no fundo da piscina ea atravessá-la a nadar de baixo de água."
"O tempo passava e, por mais que quiséssemos ou fizéssemos, percebemos que nosso filho, embora fosse uma linda criança e de aparência normal. Tinha habilidades motoras fora de vulgar, incomuns, mas tinha um atraso mental profundo... E nunca iria falar, só quando nosso filho fez quatro anos é que percebemos o que o nosso filho tinha - Nosso filho tinha Pertubações do Espectro Autista ".
O Autismo é diferente da Deficiência Mental porque, enquanto no segundo caso a criança apresenta um desenvolvimento cognitivo abaixo da média desfazado ...,o perfil de Autismo é irregular e pode ser muito incoerente, deixando os Pais, e profissionais muitas vezes perplexos ....
Uma família que recebe um diagnóstico médico de "Autismo", apercebe-se que de acordo, com o quadro observa que o seu filho, agora tem um nome .... aquele "algo errado" que se percebia, em tantas situações não seu filho ou filha, é um sério problema com o qual estão se deparar.
Algumas famílias agarram-se à fé, outras à Ciência, outras tentam fugir da realidade à qulquer um custo, e a maioria das famílias, acaba por experimentar todas as fases descritas ...
Através da experiência quer de Pais e de Educadores / Professores, Técnicos e de pessoas com Autismo, penso ser importante seguir três caminhos .... pelas familias que se deparam com esta questão ....
- Conhecer bem a problemática Autismo ..., perguntar pesquisar
- Admitir o problema do Autismo na família ... sem se culpabilizarem.
- Procurar apoio em grupos de ajuda entre pessoas, que estejam envolvidas na mesma problemática e desabafar procurem "conviver" com o problema da melhor maneira possivel.
Esta pequena reflexão tem a intenção de "provocar" abanar consciências. E de dar algumas "dicas" pertinentes sobre alguns aspectos, quer da aceitação da família a esta nova situação, construtivamente, para que enfrente uma realidade, que é certamente diferente de tudo o que sonhou para o seu filho !....
Elizabete Pinto
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